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Exemplo tese

A população alvo deste inquérito por questionário são as mulheres, utentes do Centro de Saúde de Bragança. A amostra é constituída por 40 dessas utentes seleccionadas de forma aleatória para responder ao questionário a seguir analisado.

 

Gráfico 1: Idade das inquiridas

Tabela 1: Idade das inquiridas

 

Relativamente à idade das inquiridas verifica-se que a maior parte se inclui na faixa etária que vai desde os 18 aos 27 anos (37,5%), seguindo-se as mulheres entre os 48 e 57 anos (25%). Menos representadas nesta amostra estão as inquiridas entre os 58 e 67 anos (10%) e entre os 38 e 47 anos (12,5%).

 

Gráfico 2: Procedência das inquiridas

Tabela 2: Procedência das inquiridas

 

A grande maioria das utentes inquiridas provêem de meios urbanos, 80% contrariamente a apenas 20% de origem rural.

 

Gráfico 3: Estado civil das inquiridas

Tabela 3: Estado civil das inquiridas

 

Em relação ao estado civil pode-se constatar no gráfico n.º 3 que a maior parte das mulheres estão casadas (55%), seguindo-se a predominância de solteiras (32,5%), 7,5% divorciadas, 2,5% viúvas e 2,5% em união de facto.

 

Gráfico 4: Número de filhos

Tabela 4: Número de filhos

 

Como seria de esperar, devido à faixa etária e estado civil, a maior parte das inquiridas já tem filhos (57,5%) e 42,5% não. Mais comuns são os casos de mulheres com apenas um filho (30%) e dois filhos (17,5%) e menos frequentes as mulheres com 3 filhos (7,5%) e 4 ou mais filhos (2,5%).

 

Tabela 5: Idade das inquiridas ao nascimento do primeiro filho

Tabela 6: Média e moda da idade das inquiridas ao nascimento do primeiro filho

 

Na tabela n.º 5 está registada a idade das inquiridas ao nascimento do primeiro filho e como se pode constatar a mais nova tinha 17 anos e a mulher a ter o seu primeiro filho mais tarde, fê-lo com 38 anos. Em média as utentes do Centro de Saúde de Bragança, alvo deste questionário, tiveram o seu primeiro filho aos 25 anos (aproximadamente) e a situação que se registou mais vezes foi o nascimento do primeiro filho aos 24 anos.

 

Gráfico 5: Inquiridas que amamentaram os seus filhos

Tabela 7: Inquiridas que amamentaram os seus filhos

 

Relativamente ás 23 mulheres inquiridas que já tiveram filhos, pode-se observar no gráfico anterior que 82,6% amamentaram os seus filhos e apenas 17,4% diz não o ter feito.

 

Gráfico 6: Tempo durante o qual as inquiridas amamentaram os seus filhos

Tabela 8: Tempo durante o qual as inquiridas amamentaram os seus filhos

 

Agora em relação às 19 mulheres que amamentaram os seus filhos, verifica-se que a maior parte destas (63,2%) o fez durante 6 meses ou mais tempo, 26,3% apenas durante um mês e 10,5% durante três meses.

 

Gráfico 7: Habilitações literárias das inquiridas

Tabela 9: Habilitações literárias das inquiridas

 

Em termos de habilitações literárias percebe-se no gráfico n.º 7 que a este nível amostra inquirida é bastante heterogénea. Sendo assim contabilizam-se 30% de mulheres com ensino superior, 30% com 1º ciclo e 22,5% com ensino secundário. Pouco representativas são as mulheres que não sabem ler e escrever (2,5%) e as inquiridas com o 3º ciclo (2,5%).

 

Gráfico 8: Distribuição das inquiridas pelos diferentes sectores de actividade

Tabela 10: Distribuição das inquiridas pelos diferentes sectores de actividade

 

Quando questionadas acerca da sua profissão, pediu-se às inquiridas que definissem apenas o sector de actividade. Sendo assim constata-se que a maior parte trabalha no terceiro sector (35%), seguindo-se o sector primário com 20% das inquiridas e por fim o sector secundário que engloba 12,5% das mulheres. Paralelamente a esta situação contabilizam-se 32,5% de utentes inquiridas que estão inactivas.

 

Tabela 11: Historial de antecedentes pessoais de neoplasia

 

Relativamente a um historial pessoal de neoplasia, constatou-se que 6 das mulheres inquiridas já tinham antecedentes, principalmente ao nível do sistema reprodutivo (4 casos registados).

 

Gráfico 9: Historial de antecedentes familiares de neoplasia

Tabela 12: Historial de antecedentes familiares de neoplasia

 

No que toca a antecedentes familiares de neoplasia, 40% das inquiridas responderam de forma afirmativa, sendo em 20% dos casos benigna e em 20% maligna.

 

Gráfico 10: Percentagem de inquiridas que vigiam a sua saúde

Tabela 13: Percentagem de inquiridas que vigiam a sua saúde

 

A quase totalidade das utentes do Centro de Saúde afirmam vigiar a sua saúde (95%).

 

Gráfico 11: Frequência com que as inquiridas vigiam a sua saúde

Tabela 14: Frequência com que as inquiridas vigiam a sua saúde

 

Em relação às 38 mulheres que dizem vigiar a sua saúde, verificou-se que o fazem na maior parte das vezes, uma vez por ano (39,5%) ou duas vezes por ano (31,6%). Raros são os casos de mulheres que vigiam a sua saúde de dois em dois anos (2,6%) ou apenas de três em três anos (2,6%).

 

Tabela 15: Percentagem e frequência de inquiridas que usam ou usaram contraceptivos

 

Relativamente ao uso de contraceptivos, 87,5% das mulheres inquiridas afirmam que os usam ou já usaram nalgum momento da sua vida.

 

Gráfico 13: Contraceptivos que as inquiridas usam ou já usaram

Tabela 16: Contraceptivos que as inquiridas usam ou já usaram

 

Os contraceptivos mais usados pelas 35 inquiridas que responderam afirmativamente à questão anterior são: a pílula (86,5% tomam ou já tomaram), o preservativo (51,4% já experimentou) e o DIU (18,9%).

 

Gráfico 14: Recurso usado no inicio da toma do contraceptivo

Tabela 17: Recurso usado no inicio da toma do contraceptivo

 

Para iniciar a toma dos contraceptivos a maior parte das mulheres recorreu a profissionais de saúde (78,4%), registando-se ainda casos de inquiridas a recorrer ao IPJ (8,1%), familiares (5,4%) e amigas (2,7%). Mais preocupante é o caso de 5,4% de inquiridas que afirmam não ter recorrido a ninguém.

 

Gráfico 15: Exames que nunca foram realizados pelas inquiridas

Tabela 18: Exames que nunca foram realizados pelas inquiridas

 

Em relação à realização de determinados exames especificados na questão, verifica-se no gráfico nº15 que os menos comuns são a ecografia mamária (55% das inquiridas nunca realizou nenhuma) e a ecografia pélvica (55% das mulheres nunca realizou este exame). Mais comuns são o papaniculau (27,5% das inquiridas nunca fez este exame) e o auto exame da mama (27,5% das mulheres nunca realizou este exame).

 

Gráfico 16: Motivos apresentados para a não realização do auto exame da mama

Tabela 19: Motivos apresentados para a não realização do auto exame da mama

 

 Perguntou-se então às 29 mulheres que já realizaram o auto exame da mama quais os motivos e verificou-se que a maior parte o fez por indicação dos profissionais de saúde (62,1%), 27,6% afirmam que foi devido à presença de antecedentes familiares de patologia benigna da mama, 13,8% devido à presença de antecedentes familiares de patologia maligna da mama e apenas 3,4% referiram como motivo a detecção precoce do cancro da mama.

 

Gráfico 17: Fontes de informação sobre o auto exame da mama

Tabela 20: Fontes de informação sobre o auto exame da mama

 

As principais fontes de informação acerca dos conhecimentos que as inquiridas possuem sobre auto exame da mama são: os profissionais de saúde (referidos por 69% das mulheres), os livros (48,3%), os meios de comunicação (31%), os familiares (20,7%) e menos referidas as amigas (3,4%).

 

Tabela 21: Frequência com que as inquiridas realizam o auto exame da mama

 

A frequência com que as inquiridas realizam o auto exame da mama é muito variada, sendo mais comum fazê-lo quando se lembram (20,7%), sempre depois da menstruação (13,8%) ou todas as semanas (13,8%).

 

Gráfico 18: Local escolhido pelas inquiridas para a realização do auto exame da mama

Tabela 22: Local escolhido pelas inquiridas para a realização do auto exame da mama

 

Em relação ao local escolhido pelas mulheres para a realização do auto exame da mama constata-se uma preferência por fazê-lo durante o duche (48,3%), de pé em frente a um espelho (24,1%) e deitadas na cama (24,1%).

 

Gráfico 19: Sentimentos associados pelas inquiridas à realização do auto exame da mama

Tabela 23: Sentimentos associados pelas inquiridas à realização do auto exame da mama

Tabela 24: Motivos apresentados pelas inquiridas para justificar a não realização do auto exame da mama

 

Relativamente às 11 inquiridas que nunca realizaram o auto exame da mama e aos motivos apresentados para justificar essa situação, a maior parte alegou esquecimento (27,3%), não achar importante (27,3%) ou nunca ter tido dores (18,2%). Os motivos menos referidos foram o facto de ainda não ter idade (9,1%), não saber o que procurar (9,1%) e a falta de tempo (9,1%).

 

Gráfico 20: Grau de informação das inquiridas em relação ao auto exame da mama

Tabela 25: Grau de informação das inquiridas em relação ao auto exame da mama

 

Para determinar o grau de informação das inquiridas acerca do auto exame da mama, foram incluídas 13 afirmações no questionário, as quais tinham que avaliar como verdadeiras ou falsas. Mediante o número de respostas certas foi atribuída a cada inquirida uma nota que varia de 0% a 100%, a qual foi posteriormente convertida numa escala qualitativa para facilitar a apresentação dos dados. Os valores que correspondem à escala qualitativa são os seguintes: muito mau (0-20%), mau (20%-40%), razoável (40-60%), bom (60%-80%) e muito bom (80%-100%).

 

Como se pode observar no gráfico nº 20 o grau de informação que as inquiridas possuem é na maioria bom (67,5%), registando-se ainda mulheres com conhecimentos muito bons (25%) e conhecimentos satisfatórios (7,5%).

 

  • Hipóteses

 

  • H1: A realização do auto exame da mama é influenciada pelo grau de informação das mulheres.

 

Para determinar se existe relação entre as variáveis (realização do auto exame da mama e grau de informação), foi realizado o teste de Pearson, que mediante os valores apresentados nos confirma a rejeição da hipótese anterior. Sendo assim a realização ou não do auto exame da mama não está relacionado com o grau de informação que as inquiridas possuem acerca do mesmo exame.

 

  • H2: A realização do auto exame da mama é influenciada pelo facto de as mulheres viverem numa localidade rural ou urbana.

                                                                                        

Com um valor de 1,129 (1 grau de liberdade e 0,288 de nível de significância) o valor de Pearson indica-nos que as variáveis (realização do auto exame da mama e procedência das mulheres) são independentes, ou seja o facto de as mulheres viverem numa zona urbana ou rural não influência o facto de realizarem o auto exame da mama.

 

  • H3: A realização do auto exame da mama é influenciada pelo grau de escolaridade.

 

Em relação ao facto de o grau de escolaridade influenciar a realização do auto exame da mama, verificou-se que não é verdadeiro. Neste caso os valores de Pearson permitem aceitar H0, ou seja, a hipótese que afirma a independência das variáveis.

 

  • H4: A realização do auto exame da mama é influenciada pela idade.

                                                               

Como se pode verificar na tabela anterior, através do teste de Pearson, a variável idade não influencia o facto de as mulheres inquiridas realizarem ou não o auto exame da mama, ou seja a hipótese anterior é rejeitada.

 

  • H5: A realização do auto exame da mama tem relação com a existência de antecedentes pessoais ou familiares da doença.

                                                               

Mais uma vez o teste de Pearson leva-nos a rejeitar a hipótese anteriormente formulada, que pressupõe relação entre a realização do auto exame da mama e a existência de antecedentes familiares da doença.

 

O mesmo acontece em relação à existência de antecedentes pessoais de neoplasia, com Pearson a assumir uma valor de 0,416 (com 1 grau de liberdade e 0,519 de nível de significância), aceitar a hipótese da independência das variáveis.

 

 

  • H6: A realização do auto exame da mama é influenciada pela vigilância de saúde.

                                                                                        

Por último verificou-se igualmente que o facto de as mulheres vigiarem ou não a sua saúde não se relaciona com a realização do auto exame da mama. Com Pearson a assumir um valor de 0,535 (com 1 grau de liberdade e 0,465 de nível de significância) aceita-se a hipótese nula que pressupões a independência das hipóteses.

 

  • H0: A realização do auto exame da mama não sofre qualquer influência.

A hipótese nula

 

Por tudo o que foi dito anteriormente aceita-se a hipótese nula que não prevê influência de nenhuma das variáveis analisadas na realização ou não do auto exame da mama.

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